No dia 12 de Novembro de
2006, no encerramento da reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, o
médium Divaldo Pereira Franco recebeu mensagem psicofónica do Espírito Bezerra
de Menezes. Eis a íntegra do texto, que está publicado na edição de Dezembro da
revista Reformador, editada pela FEB.
Meus filhos,
Que o Senhor nos abençoe e
nos guarde na Sua paz.
A reencarnação, a nobre
fiandeira dos destinos, promovendo o Espírito, etapa a etapa, faculta-lhe a
conquista da plenitude, herdando de cada experiência os atavismos que devem ser
superados no processo da evolução. Repetimos, não poucas vezes, as experiências
mal sucedidas, revivendo os mesmos equívocos de que nos deveríamos libertar
face à oportunidade de progresso. Em razão disso, encontramo-nos, não poucas
vezes, aturdidos ante a mirífica luz do Evangelho e as amarras em que a
consciência permanece atada ao passado de sombras. O egoísmo, esse vírus
perturbador do processo de libertação, propõe, então, através dos caprichos que
sejam trazidos de volta, esses infelizes fenómenos que não foram totalmente
liberados.
É por isso, meus filhos, que
ainda hoje, graças ao sublime contributo da Doutrina Espírita, aturdimo-nos,
procurando avançar sem a liberdade de alçar voos mais amplos porque as
lembranças do ontem jungem-nos às situações perniciosas que nos marcaram
profundamente. Tende, porém, a coragem de viver a madrugada nova, de assumir a
decisão de desatar-vos dos laços perversos que vos retardam a marcha, no avanço
pelas infinitas estradas do progresso. Iluminados pelo conhecimento libertador,
necessitais de o vivenciar através dos exemplos que o amor proporciona em
evocação da incomparável figura de Jesus Cristo.
O Mestre, exemplo máximo de
conhecimento, por haver sido oConstrutor do nosso planeta com seus nobres
arquitectos, não olvidou a experiência do amor, oferecendo aos infelizes que
não podiam discernir, o alimento que atendesse à fome orgânica, o socorro à
enfermidade, a dádiva de compaixão em relação às heranças das existências
passadas. Por isso, multiplicou pães e peixes, porque a multidão tinha fome,
levantou paralíticos, restituiu luminosidade aos olhos apagados, desatou
línguas amarradas na mudez, abriu ouvidos moucos à melodia da vida, ensejou a
cicatrização das chagas purulentas, mas também retirou a hanseníase moral que
os Espíritos carregavam, a fim de não retornarem aos mesmos processos
depurativos, propondo que fizéssemos tudo isso em Sua memória, restaurando-Lhe
os ensinamentos sublimes e as práticas inolvidáveis.
O Espiritismo chega à
consciência terrestre para servir de ponte entre as diferentes ciências,
iluminando-as com a fé racional, mas ao mesmo tempo, oferecendo o contributo
sublime da caridade fraternal em todas as formas como se possa expressar. Não
vos esqueçais, portanto, nunca, em vosso ministério de libertação de consciências,
da vivência do amor. Avançai no rumo do progresso, estendendo, porém, a mão
generosa e o coração afável àquele que se encontra na retaguarda, necessitado
de carinho e de ensejo iluminativo. Dai-lhe o pão, mas também a luz, na
verdade, oferecei a informação doutrinária para demonstrar-lhe quanto vos faz
bem esse conhecimento, em face das transformações morais para melhor, que vos
impusestes, logrando os primeiros êxitos...
Este é o grande momento da
transição e todos enfrentaremos dificuldades. Vós outros, principalmente, em
razão dos compromissos elevados, experimentareis as dores talvez mais acerbas
no cerne da alma, por meio de traições inesperadas, de enfermidades não
avisadas, de solidão. E sem nenhum apoio aos sentimentos masoquistas, agradecei
a Deus a bênção do resgate, enquanto vossas mãos estiverem segurando a charrua
e lavrando a terra dos corações para ensementação da verdade.
Não desanimeis, nunca! O
instante mais perturbador da noite é também o instante que abre o leque de luz
na direcção da alvorada. Permanecei fiéis à proposta que herdastes do Egrégio
Codificador do Espiritismo, sendo companheiros uns dos outros em nosso
Movimento Espírita, preparando-vos para a lídima fraternidade no organismo
social tumultuado da Terra dos vossos dias.
Jesus, meus filhos,
inspira-nos, segue connosco. Embora pareça que a sociedade marcha para o caos,
o Grande Nauta conduz com segurança a barca da Terra e sabe que esses acidentes
na lei do progresso não conseguem impedir o desenvolvimento intelecto-moral das
suas criaturas. Iluminai as vossas consciências, portanto, e amai até sentirdes
plenamente a presença do Amor não amado...
Que o Senhor de bênçãos
continue abençoando-nos são os votos que vos faz o servidor humílimo e paternal
de sempre,
Bezerra
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